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PS: A Última Lição...

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Por razões que desconheço, eu sempre me vi muito perdido em meio a pensamentos estranhos (ou malucos). Não fui exatamente uma criança que vivia no mundo na lua, mas sempre tive meus momentos e minhas viagens. A morte dos meus pais era uma das muitas coisas que eu imaginava (sem querer). Mais ainda assim, eu nunca pensei que perderia meu pai tão cedo. "Meu pai". É curioso como uma frase tão simples e curta ganha um novo sentido agora. Antes ela não passava de um esclarecimento. Como quem diz "olha, to falando do meu pai, não do seu". Agora ela é cheia de posse e orgulho. Meu Pai. Meu pai... Cara, meu pai! Tem noção? Ele que me teve. Em teoria, eu era dele. Mas ao me ter ele se fez meu, porque ele se doou a mim. Porque ele fez tudo por mim. Ele era MEU pai. Ele É meu pai. E eu tenho um orgulho enorme de ter ele como pai. Talvez por isso, ainda hoje, eu me pegue repetindo vagamente, sozinho, "Meu pai...". Não é só porque eu ainda não consigo acreditar em t

Até a próxima!

Há 10 anos, eu me apaixonei pela primeira vez. Até aquele momento a vida não havia me preparado para toda a dor que alguém pode sentir por amor. Para ser sincero, eu acho que ainda hoje não estou preparado. Mas a dor do mundo trouxe consigo a necessidade de escrever, se tornou um maravilhoso hobby e eu tenho escrito desde então. Caramba...10 anos!  Foram muitas paixões e alguns amores! Escrevi texto para pessoas que talvez não tenham merecido e tive o prazer de escrever para aquelas que sempre merecerão. Para cada amor, uma dor e para cada dor, um texto.  Aprendi com cada relacionamento, assim como a maioria das pessoas. Alguns me acrescentaram muito, outros nem tanto. Não aprendi somente a me relacionar, mas também sobre mim. Me descobri um pouco mais em cada relacionamento. Me permiti roubar alguns aspectos do cotidiano e até um pouquinho do modo de ver o mundo de algumas relações que vivi. Mas acima de tudo, aprendi muito sobre amor.  Aprendi que paixão e amor são facilmente con

Mau Tempo

Até hoje eu não sei bem qual é a definição de "amor da minha vida". Tudo bem, cada um pode ter a sua definição, mas o fato é que eu se quer sei qual é a minha. É a pessoa com quem você se casa? E se você não casar? É a última pessoa que esteve com você até você morrer? É aquela que ficou mais tempo? Me parece fácil falar "encontrei o amor da minha vida" quando você ainda está com ele. De alguma forma, essa nomeação é muito mais uma aposta a ser confirmada no fim da vida, do que uma titulação. Seja como for, para os românticos de plantão a pergunta sempre é "Será que é ela(e)?". Um fato insuportável sobre a vida é que você nunca sabe quando vai conhecer um potencial amor da sua vida. E sempre que você acha que sabe...bem, raramente é! Eu gostaria de saber. Na verdade, eu queria ter sabido, quando eu a vi e perdi o fôlego, quando meus olhos não souberam disfarçar, quando por impulso eu pensei "é ela" no momento que a vi... Eu gostaria de ter sabi

Me Acorde!

Hoje, eu me enganei. Por apenas um milésimo de segundo, minha mente me iludiu. E foi maravilhoso! Por um breve momento, eu tive paz. Não senti angústia, ou dor. Não me senti perdido, nem sozinho. Hoje, por um instante, eu fui feliz. Essa noite foi a segunda vez seguida que eu sonhei com você. Foram pesadelos, na realidade. Confusos como sempre. Pessoas apareciam e sumiam, ou simplesmente possuíam outra aparência. Mas havia algo ainda mais confuso: nós terminávamos. E não parecia nem um pouco certo. Não fazia sentido algum. O desespero, o nervosismo e a ansiedade tomaram conta do corpo tão fortemente que eu acordei. Nesse momento, meu subconsciente impulsivo me aquietou. Pôs em meu coração o conforto de que era apenas um sonho. Então, eu me iludi. E por um breve período, senti paz... No entanto, rapidamente, meu consciente tomou a frente para me esclarecer que o sonho era puro reflexo da realidade. E agora, eu não consigo mais acordar. Não consigo despertar do pesadelo que é não te

O Mundo Não Para!

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O sofrimento veio das estrelas e, por isso, está espalhado por toda a vida, gravado em nosso DNA. Dos animais selvagens aos grandes homens em seus ternos, estamos todos destinados a sofrer. Não de forma igual (jamais) ou justa (se é que existe justiça no sofrer). Sofrer é encarar as consequências negativas da vida. É ter de aceitar fatos com os quais não concordamos. Sofrer é uma tentativa constante de consolar a si mesmo; de tentar se desculpar por perder a oportunidade de impedir o que agora já é inevitável; ou então de explicar e convencer-se de que não havia nada que pudesse ser feito. Todos nós sofremos desde cedo. Mas, em algum momento, aprendemos uma lição muito difícil. Talvez, a mais valiosa e dolorosa de todas: o mundo não para por causa da nossa dor. Não importa o quanto você esteja sofrendo, o relógio não para! E com sua pontualidade, segue todos os compromissos e obrigatoriedades. Nada muda. E isso dói demais! Mas qual é a preciosidade dessa grande lição que aprendem

A Arte de se Apaixonar

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Alguns casais se apaixonam bem cedo e ficam juntos para sempre - dure esse para sempre o quanto durar. Conheço muitas histórias assim. Tenho amigos ainda jovens com planos para se casar, amigos recém-casados, conhecidos que já são casados há anos e conhecidos que fizeram juiz ao juramento "até que a morte nos separe". É realmente incrível pensar como algumas pessoas se encontram na vida. Como a história de cada um levou ao encontro do outro, como elas se complementam e como parecem que foram mesmo forjadas pelo destino. Esses romances geralmente têm um início bem peculiar, engraçado e cheio de paixão, que sela a relação até o estágio onde a história do casal passa a ser uma só. Mas apesar de todo o rebuliço, não posso deixar de pensar que essa paixão é bem diferente daquela que nós sentimos. Nós, que não encontramos alguém tão cedo. Nós temos nossos momentos de casais e de solteiros. Fases que se alternam. Mas de tempo em tempo nos apaixonamos. Alguns de forma

De Volta ao Rascunho

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Há 9 anos eu me apaixonei por uma menina. Foi minha primeira paixão. Contorceu todo o meu sentir de forma inconcebível para mim, naquela época. Eu falava sozinho! E quando falava com pessoas, era sobre ela. Não sabia mais conversar. Havia desaprendido a arte do diálogo comum. Eu só conseguia versar sobre sua existência. Foi num desses momentos que fugiu de minhas mãos meu primeiro poema! Desconsertado e inocente, ele me aliviou de forma inacreditável. Nem todas as músicas e conversas haviam me acalmado como aquele singelo poema. Naquele dia, nasceu em mim o desejo de me saciar em palavras. Emprestar letras a sentimentos, tanto meus quanto dos outros. Resolvi abraçar o desafio de transcrever o inexpressável e de provar o mundo além dos cinco sentidos. O que começou como uma fuga, acabou se tornando um vício. Mesmo no início eu já era dependente da escrita. Era o único meio de livrar minha mente de tantas ideias. Por vezes eu me vi escrevendo à mão, em plena madrugada. Eu quer